SOU DO CEARÁ


"Eu sou de uma terra que o povo padece
Mas não esmorece e procura vencer.
Da terra querida, que a linda cabocla
De riso na boca zomba no sofrer
Não nego meu sangue, não nego meu nome
Olho para a fome , pergunto o que há ?
Eu sou brasileiro, filho do Nordeste,
Sou cabra da Peste, sou do Ceará."

Patativa do Assaré

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

EDUCAÇÃO NO CEARÁ



FOTO JORNAL O POVO . PROF. JAFARON DO LICEU DO CEARÁ


DEFESA

" Professores rebatem "cultura da falta" indicada em pesquisa
Distorcida, limitada, superficial. Com essas palavras, professores da rede pública estadual definiram a pesquisa que apontou: todo dia, 1.036 aulas deixam de ser dadas em escolas estaduais e mais de 21 mil alunos são prejudicados..."


05 Fev 2010 -


Os professores questionam os resultados da pesquisa realizada pela Superintendência das Escolas Estaduais de Fortaleza (Sefor), segundo a qual cerca de 21 mil alunos deixam de assistir a 1.036 aulas diárias na rede estadual de ensino. Os dados da Sefor, órgão vinculado à Secretaria de Educação do Ceará (Seduc), foram publicados com exclusividade por O POVO nos dias 1º e 2 de fevereiro.

Para eles, o estudo foi conduzido de maneira ``aleatória, não cientifica``. Os docentes também julgaram desnecessária a aplicação de um exame que possa avaliá-los como parte de um processo mais amplo de aferição da qualidade do ensino.

"Isso não existe", declarou Socorro Sales, diretora da Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Clóvis Beviláqua, na avenida Dom Manuel. Socorro refere-se à ``cultura da falta``, sugerida, em termos quantitativos, na pesquisa da Sefor. Para ela, não há brechas no estatuto do magistério que permitam a qualquer professor cometer abusos. ``Isso aqui é um serviço público. Tem que ser feito com responsabilidade. O professor só pode faltar em caso de doença. Se faltar, tem que repor. Se não justificar, encaminhamos a falta à Seduc e a falta é descontada``. A coordenadora assegura que as aulas perdidas são repostas. Para isso, resguardam-se dois sábados por mês. Entretanto, docentes têm todo o ano letivo para recuperar aula perdida.

Professor temporário de matemática na Clóvis Beviláqua, André Luís da Silva, 32 anos, garante: não costuma " matar " aula. Entretanto, diz conhecer " um ou dois colegas que faltam bastante " - não porque tenham saúde frágil. Um professor que preferiu não ter a identidade revelada diz que ``professor nenhum falta para ficar em casa, deitado, vendo televisão. Falta porque está doente``. Ele também rechaça a aplicação de qualquer mecanismo que tenha por objetivo avaliar a qualidade do conteúdo transmitido por docentes. " Ele (o professor) já fez mestrado, doutorado, tem suas aptidões. Cada professor sabe de sua capacidade ".

Flanelógrafo
No Liceu do Ceará, escola que, segundo pesquisa, ficou em primeiro lugar em número de alunos sem aula e em segundo em número de faltas sem justificativas, a insatisfação é generalizada. Afixadas no flanelógrafo da instituição, que tem 3,5 mil alunos, as matérias do O POVO que tratam do tema eram lidas na tarde da última quarta-feira por professores de várias matérias. ``Pesquisa foi distorcida``, opinou Afonso Soares. Segundo Afonso, que leciona matemática há 17 anos, dos problemas que afetam a qualidade do ensino público, a ausência dos professores em sala seria a menos importante. " E esse número (1.036 aulas canceladas) é pequeno se for comparado à quantidade de aulas realizadas no mesmo período. Devia ter sido mais elaborada ".

Para coordenadora do Liceu, Ana Mary Rebouças, o professor é vítima de um esquema quase desumano. " O professor está adoecendo. Se você for no Issec (Instituto de Saúde dos Servidores do Estado do Ceará), de 20 pacientes, dez são professores. Eles têm nódulos nas cordas vocais, não possuem plano de saúde e precisam trabalhar em mais de uma escola para sustentar a família". Segundo Ana Mary, depois de pesquisa, a comunidade " acha que professor é vagabundo "."

Henrique Araújo
henriquearaujo@opovo.com.br

LEIA MAIS NO O POVO
http://opovo.uol.com.br/opovo/fortaleza/951106.html

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EDUCAÇÃO NO CEARÁ

Além da " DEFESA " dos Professores, da qual concordo plenamente, por fazer parte
do grupo do Magistério e também por sentir na pele todas as pressões que um
professor sofre na sua estressante rotina.
É importante denunciar a falta de respeito que esse Governo tem para com o professor.
Não cumpre o Piso Salarial Nacional, aprovado por unanimidade pelo Congresso Nacional; a Progressão Horizontal está atrasada desde setembro de 2009; professores
temporários com salários atrasados; Assistência Médica insuficiente e muitos
outros problemas que contribuem para a baixa da autoestima do Professor proporcionando um grande número de afastamento para tratamento de saúde.
A maioria dos professores trabalham três turnos para sobreviverem. NINGUÉM É DE FERRO !
NOS ÚLTIMOS ANOS FORAM TIRADOS PELO GOVERNO DO ESTADO VÁRIOS DIREITOS DOS PROFESSORES PREVISTOS EM LEI.O GOVERNO ESTADUAL SÓ SABE COBRAR, HUMILHAR E MASSACRAR O PROFESSOR.
ATÉ A DÉCADA DE 60 UM PROFESSOR DO LICEU DO CEARÁ GANHAVA IGUAL A UM DESEMBARGADOR.
E HOJE ???????????????
TODAS AS FALTAS DOS PROFESSORES SÃO RECUPERADAS... PORÉM A PRÓPRIA SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PODERIA MINIMIZAR ESSE PROBLEMA, MANTENDO NAS ESCOLAS PROFESSORES SUBSTITUTOS ( ANTIGAMENTE EXISTIA )... A SEDUC TAMBÉM É RESPONSÁVEL POR ISSO...
O PROFESSOR NÃO É IRRESPONSÁVEL COMO ALGUNS TENTARAM PASSAR PARA A COMUNIDADE.
ALÉM DO MAIS A DISCUSSÃO DEVERIA SER OUTRA... ESTÃO MUDANDO O FOCO DO PROBLEMA...
DEVEMOS COBRAR A TRANSPARÊNCIA NOS INVESTIMENTOS DOS RECURSOS PÚBLICOS NA EDUCAÇÃO;
DEVEMOS COBRAR A PRESTAÇÃO DE CONTAS DOS RECURSOS DO FUNDEB; DEVEMOS COBRAR A QUALIDADE NA EDUCAÇÃO... SÓ ASSIM ACONTECERÁ UMA GRANDE EVOLUÇÃO NA EDUCAÇÃO...
CONDENAR O PROFESSOR PELO FRACASSO ESCOLAR É COVARDIA !!!!!!!!!!!!

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