SOU DO CEARÁ


"Eu sou de uma terra que o povo padece
Mas não esmorece e procura vencer.
Da terra querida, que a linda cabocla
De riso na boca zomba no sofrer
Não nego meu sangue, não nego meu nome
Olho para a fome , pergunto o que há ?
Eu sou brasileiro, filho do Nordeste,
Sou cabra da Peste, sou do Ceará."

Patativa do Assaré

domingo, 10 de julho de 2011

" UM PLANO REAL PARA A EDUCAÇÃO "


De Brasília




" Um plano real para o ensino "



" No país em que um presidente da República que quase nunca trabalhou na vida se gabava de não ter estudado, o último resultado dos exames da Ordem dos Advogados do Brasil para a habilitação dos bacharéis em direito ao exercício da profissão mostram o estado de calamidade a que chegou o nosso ensino. O mais grave é que esse caos não atinge apenas os cursos de Direito, mas todo o universo da escolaridade brasileira.

Desde a escola primária até a faculdade, na maioria dos casos, os alunos fingem que estudam e os professores fingem que ensinam. Há pouco vimos pela TV um estudante da sexta série que não sabia ler as palavras Ordem e Progresso na bandeira nacional. São contadas nos dedos instituições publicas e privadas que ainda oferecem um ensino de alta qualidade, como a PUC no Rio, o Mackenzie em São Paulo, a Unifor e UFC, Ceará, o CEUB em Brasília etc. Nos últimos anos, proliferaram por todo canto faculdades e cursos isolados os mais diversos, alguns em cidades sem as menores condições abrigá-las. E o Brasil tornou-se numa imensa fábrica de doutores, formados em escolas que fazem vestibular pela Internet e em cursos de fins de semana, que anunciam o seu produto - o diploma - como se fosse mercadoria em lojas de R$ 1,99.

Um levantamento feito por um jornal dá conta de grande número de políticos que se tornaram donos de faculdades, numa dedicação ao ensino estimulada pelo imenso filão que é a venda de vagas para o governo, garantidora de gordos faturamentos. A presidente Dilma Rousseff, que sabe o valor do estudo, bem que poderia aproveitar a chance e passar à história criando uma espécie de plano real o ensino brasileiro em todos os níveis. Não foi com empresários nem com banqueiros que a Coreia, o Japão e outras nações se tornaram das mais ricas nações do mundo depois de destruídas. Foi com escolas e professores. Com mestres ensinando e alunos estudando."


Rangel Cavalcante

rangelcavalcante@uol.com.br
 
FONTE: COLUNA DE BRASÍLIA - DIÁRIO DO NORDESTE
http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=1007863&coluna=1

Nenhum comentário:

Postar um comentário