SOU DO CEARÁ


"Eu sou de uma terra que o povo padece
Mas não esmorece e procura vencer.
Da terra querida, que a linda cabocla
De riso na boca zomba no sofrer
Não nego meu sangue, não nego meu nome
Olho para a fome , pergunto o que há ?
Eu sou brasileiro, filho do Nordeste,
Sou cabra da Peste, sou do Ceará."

Patativa do Assaré

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

" A POPULAÇÃO DE FORTALEZA, CIDADE SEM LEI, PEDE SOCORRO "




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" A população de Fortaleza, cidade sem Lei, pede socorro!!! "

Publicado em 03/01/2012 - 15:28 por Egídio Serpa 
Categorias: Polícia

" São 16h10min desta terça-feira, 3 de janeiro de 2012.
A cidade de Fortaleza, a quinta do País em população, está como se vivesse um feriado. Ruas desertas, lojas fechadas. Quase nada funciona.
As pessoas estão, em sua grande maioria, trancadas em casa, com medo de sair às ruas.
A greve dos oficiais, cabos e soldados da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros alcança Fortaleza e todo o Estado do Ceará. O movimento agigantou-se e tem a adesão de quase toda as duas corporações.
Tropas do Exército tentam por ordem às coisas, mas o clima de insegurança é visível.
Os turistas, que lotam os hotéis nesta época de alta estação, também têm medo de ir à calçada.
Isto nunca havia acontecido antes. 
A Polícia é o único segmento que recebe da sociedade um mandato que lhe dá o direito de andar armada e de atirar para matar, se necessário for, em sua legítima defesa e em defesa da própria sociedade e da ordem pública.
Por isso mesmo, o policil obedece a códigos e regulamentos muito severos de disciplina e hierarquia. Descumpri-los é ferir a Lei e, por isto mesmo, passível de punião rigorosa, como a prisão e a expulsão dos quadros da corporação.
Há mais de uma semana, um grupo de policiais militares, que iniciavam o movimento grevista por melhores saláios, desrespeitou a autoridade do governador do Estado, cuja viatura foi alvejada com pedras em plena via pública. Foi um crime.
O Governo do Estado tem rejeitado a pauta de reivindicações dos militares grevistas. E, nas negociações que acontecem diariamente, tem assumido mesmo uma atitude imperial, atiçando com ela, ainda mais, os ânimos revoltados dos grevistas, que, em represália, apropriaram-se de ativos públicos – como viaturas, prédios e armas e quartéis, obrigando a convocação de tropas federais.
A Justiça mandou suspender a greve, mas os grevistas mantiveram o movimento.
A situação, neste momento, é a seguinte: os dois lados mantêm-se intransigentes.
De um lado, os policiais e bomberos que querem aumento salarial além do que sugere o bom senso; do outro, o governador, que insiste em punir o grupo que o desrespeitou na via pública. O comando da ggreve pede anistia, o governador rejeita-a. Eis o impasse.
A população, indefesa, só acompaha pelo rádio as notícias de arrastões e assaltos que se multiplicam nos diferentes bairros de Fortaleza.
O Exército, que é treinado para a guerra, não sabe perseguir nem prender bandidos, que estão a fazer sua festa sem que nada lhes aconteça.
Para quem não sabe o que é uma guerra civil, eis aqui em Fortaleza os primeiros desenhos de algo muito parecido.
Fortaleza é, há 48 horas, uma cidade sem Lei. "




BLOG DO EGÍDIO SERPA
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